Hugo Ernano, o militar da GNR que em 2008 acabou por atingir mortalmente de forma acidental um menor de 13 anos, durante uma perseguição policial, encontra-se actualmente suspenso das suas funções na GNR e sem dois terços do vencimento. Além de estar suspenso e a receber apenas um terço do vencimento como profissional da guarda, hoje deparou-se com mais um revés. Ao ver o portal da GNR, deparou-se com o valor do seu vencimento deste mês: 16,38 euros!!!
Como é que uma pessoa casada, com dois filhos, um deles ainda muito pequeno, consegue sobreviver com tal quantia? Como é possível que a própria instituição da GNR permita tanta injustiça? Quando tudo aconteceu, ele estava no pleno exercício das suas funções como militar da GNR que é; zelava pela segurança de pessoas e bens, o que é a sua missão! Hugo Ernano, mesmo com a sua integridade física ameaçada e a própria vida em risco, não abandonou a sua missão e cumpriu o seu dever! Ele mostrou que um agente da autoridade de verdade não foge!
E no entanto, o pai do menor, que além de se encontrar na altura dos acontecimentos evadido do Estabelecimento Prisional de Alcoentre, também colocou em risco a integridade física e a vida do Hugo Ernano ao tentar atropelá-lo propositadamente, acabou por ser premiado com uma indemnização milionária pelos tribunais. Já para não dizer que levou o próprio filho para um assalto e o manteve no interior da viatura em fuga durante a perseguição policial, sem nunca se preocupar, em momento algum, com a segurança do próprio filho. Nem sequer foi condenado por ter colocado o filho em risco!
Como é possível tanta injustiça contra uma só pessoa? Como é possível diferentes tribunais não se regerem pelas mesmas leis? Não se compreende...
O Tribunal de Loures condena Hugo Ernano a 9 anos prisão efectiva e a pagar uma indemnização milionária, o Tribunal de Relação de Lisboa reduz e muito a pena para 4 anos de pena suspensa e, em simultâneo, também diminui consideravelmente a indemnização. A acusação, no entanto, recorreu ao Supremo Tribunal de Justiça e viu a indemnização aumentada e o Tribunal Constitucional nada fez e manteve tudo na mesma! Como é que as leis não são iguais para todos os tribunais? O valor da justiça deveria ser como o valor da vida, igual para todos!
Mas uma coisa eu vos digo: caso um dia eu esteja em apuros e precise de um militar da GNR, que seja um como Hugo Ernano, pois sei que tudo fará por mim...